Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Fontes de mergulho _ um património a preservar



Existem referências, relativamente às Fontes de Mergulho, de que a sua utilização já vem desde a Baixa Idade Média, tendo o seu uso chegado ao século XX. Considerando as inúmeras notícias sobre este tipo de fontes, quer em publicações dedicadas ao património, quer mais recentemente em textos da Internet, é um dado adquirido que elas existem um pouco por todo o território continental e a sua preservação começa hoje a merecer mais atenção.
Em épocas passadas as Fontes de Mergulho foram apontadas como uma das causas da propagação de doenças e epidemias, razão pela qual o uso desta forma de abastecimento de água pública foi sendo substituído por outros modelos, passando pelos fontanários e terminando na distribuição domiciliária que caracteriza os nossos tempos.
Este fenómeno da propagação de doenças é fácil de perceber. Antes do desenvolvimento da medicina as pestes e outras epidemias eram frequentes no nosso país e em toda a Europa e a forma mais fácil de as pessoas se contagiarem umas às outras era através do uso comum das Fontes de Mergulho; as vasilhas utilizadas, fossem de barro ou de latão, eram mergulhadas directamente na fonte, prática que tornava fácil a propagação de doenças através da água, elemento de que o nosso corpo não prescinde.

Ainda que consideradas um perigo para a saúde pública, algumas destas fontes não foram destruídas ou fechadas e, embora de forma esporádica, continuam a ser utilizadas, sobretudo quando se situam dentro, ou nas imediações das localidades.
Fonte: Internet








































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