Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Foram os persas os primeiros a cultivarem esta espécie



Muito utilizado em sopas, em saladas e em receitas de esparregado, este vegetal tem um elevado teor
vitamínico e é uma boa fonte de magnésio e de ferro.

Historicamente, foram os persas os
primeiros a cultivarem esta espécie, que
depois se espalhou por toda a China.
Esta hortaliça é consumida na Europa
e no Norte de Africa há mais de mil anos,
tendo sido introduzida na Península
Ibérica pelos árabes no século XI. A expressão «Rais
al bouqoul» significa «príncipe dos
vegetais» em árabe e foi assim que ficou
conhecido o espinafre na época medieval,
no tratado de agricultura escrito
pelo agrónomo Ibn al-Awwam, feito em
Sevilha. Foram os povos da Península Ibérica os primeiros a conhecerem e a cultivarem o
espinafre na Europa.

Só há quatro séculos é que
o espinafre foi introduzido em França
e depois no resto da Europa. Mas em
1870 o químico alemão Erich Von Wolf
publicou num jornal que o espinafre
tinha 30 mg de ferro por 100 gramas, em vez
de 3,0 mg que realmente tem, dando a
este vegetal a fama de conter a maior
quantidade de ferro. Essa falsa quantidade
de ferro deu origem aos famosos bonecos
animados «Popeye, o marinheiro», que precisava de comer uma lata de
espinafres para ter muita força. De facto,
esta planta tem muitas vitaminas e ferro
que fazem com que ela tenha um poder
antianémico. Os principais produtores
são a Itália, a França, a Alemanha, a Holanda
e os Estados Unidos da América.
Este vegetal consome-se durante todo o ano sob várias formas, nomeadamente sopas, esparregados,

tartes, quiches, omeletes, lasanha,
massas, arroz, entre outros. O outono e o inverno são, no entanto, as melhores alturas para o ingerir. Esta produção agrícola tem propriedades antianémicas,
laxantes e refrescantes. Há quem cultive espinafres em vasos ou em pequenos canteiros em varandas e terraços.

Texto: Pedro Rau (engenheiro hortofrutícola)













































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