22 Janeiro, 2011 11:27
Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
domingo, 30 de janeiro de 2011
Mais Varandas ao Sol de Inverno
22 Janeiro, 2011 11:27
4 comentários:
Cara Profª Graça,
belas varandas de Lebução! E um belo texto de Romeiro!
abs
O olhar perdido no horizonte, e nas casas e varandas transmontanas:
sardinheiras e craveiros pendurados nas janelas, montanhas a tocarem os céus, vinhas e lameiros, cestas e dornas, adegas e lagares, carros de bois a chiar, campos de centeio, eiras e palheiros, moínhos e moleiros, rebanhos e pastores, lavadouros, fontes, teares, gente de trabalho, muita gente, a ruralidade em todo o seu explendor!
E das varandas eu avisto rios de sonho, paisagens deslumbrantes, riachos e ribeiros de água cristalina, recantos escondidos, água, muita água e um infindável souto de seculares castanheiros. A natureza em todo o seu esplendor!
Igrejas e capelas, cruzeiros e pelourinhos, casas senhoriais, brasões, ruas e ruelas, caminhos e trilhos, pontes e vias medievais, relógios de sol, fontes de água fresca, num extasiante passeio pela história e pela tradição.
Pleno de poesia este blogue, embora em forma de prosa escrito. Gosto.
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