Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Recordação e Saudade



Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo


Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar
cansado, profundo

Me dizendo coisas, num grito, me ensinando

tanto do mundo...

E esses passos lentos, de agora, caminhando

sempre comigo,

Já correram tanto na vida,

Meu querido, meu velho, meu amigo

Sua vida cheia de histórias e essas rugas

marcadas pelo tempo,

Lembranças de antigas vitórias ou lágrimas

choradas, ao vento...

Sua voz macia me acalma e me diz muito mais

do que eu digo

Me calando fundo na alma

Meu querido, meu velho, meu amigo

Seu passado vive presente nas experiências

Contidas nesse coração, consciente da beleza

das coisas da vida.

Seu sorriso franco me anima, seu conselho

certo me ensina,

Beijo suas mãos e lhe digo

Meu querido, meu velho, meu amigo

Eu já lhe falei de tudo,

Mas tudo isso é pouco

Diante do que sinto...

Olhando seus cabelos, tão bonitos,

Beijo suas mãos e digo

Meu querido, meu velho, meu amigo


Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos
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2 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
bonita canção para uma belíssima imagem.
abs

Anónimo disse...

O pai da professora Graça fazia anos no meu dia, dia 12 de Janeiro.
Eu sei o que esta data representa para ela.
Bjs