Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 27 de março de 2011

Flores e chuva


Cântico dos Cânticos


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"Bíblia Sagrada"








2 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
belíssima passadeira vermelha!!
abs

Anónimo disse...

Hoje cortaram os restolhos
à noite pálida
luar de Março rente aos meus olhos

a lua
alvor da madrugada
em quarto crescente
aproximou visíveis as margens

hoje as minhas glicínias
prementes em dádiva de afectos
despertaram vacilantes
cachos
longos, esguios,
ao pendor de troncos nus

sem ter como fazer a fotossíntese

hoje
no brocado das águas
aqui tão perto
o rio
de fataças e tainhas
abriu-se
rasgando a luz

janela abandonada

à canoagem solitária dos teus lábios
meu amor.