Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 10 de junho de 2012

Cerejas presas no cacho

Cerejas presas nos seus cachos
Cativam o olhar de forma ardente
Fazem com que o vento que está a soprar
Se torne em algo quente
..
Vejo um carreiro de flores
E uma borboleta nelas a poisar
A descansar de um longo voo
Para às cerejas chegar
..
Salta um peixe azulado
Daquele fundo mar
Fica também desejoso
De as cerejas provar
..
Então eu peguei nas cerejas
E o caroço lhes fui tirar
Dei um bocadinho á borboleta
Que se foi feliz a voar
..
Dei um bocadinho ao peixe
Que ficou feliz a nadar
E comi uma com prazer
E o sabor fui adorar
(Autor não identificado)
 









2 comentários:

Anónimo disse...

Se tem cerejas em casa, aproveite tudo o que estas têm para lhe dar.
Estou-me a referir a uma parte da cereja que normalmente vai parar ao lixo – os pés.
Os pés de cereja são óptimos para preparar um chá terapêutico.
O chá de pés de cereja é conhecido pelos seus benefícios para as vias urinárias.

João Ratão disse...

Em Maio comem-se as cerejas ao borralho, diz o provérbio. Em Junho que deveria de ser, foice em punho, continuam a comer-se as cerejas ao borralho, e a foice ainda está bem guardada. Anda tudo virado do avesso.
Quem há-de entender os homens!