Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 20 de abril de 2013

As urzes que nascem nos montes de Lebução

Os Celtas e as urzes

Estas belos arbustos representavam, para os Celtas, sorte, frescor e sabedoria espiritual.
Os seus antepassados faziam, a partir das urzes, uma saborosa cerveja, que dispensava o açúcar, pois o mesmo era substituído pelo doce e rico néctar dessa planta. Tal néctar era, também, matéria prima para a produção de tónicos diversos, especificamente  para o coração, doenças nervosas e reumatismo.

Antigas lendas Celtas, afirmam, que as abelhas nutridas pelo néctar das urzes, seriam capazes de percorrer os Caminhos Dourados do Sol, em direção ao mundo dos espíritos ou reino invisível. E em seu retorno para o mundo visível, as pessoas, quando se alimentavam de tão maravilhoso mel, adquiriam a sabedoria dos seus antepassados ou de espíritos mais evoluídos.
Era notório, também, para este antigo povo, a qualidade e maciez das palhas obtidas pelas urzes utilizadas em diversas funções, como confecção de vassouras, cordas e até mesmo confortáveis camas naturais.
Assim diziam os Celtas:

" Aquele que dorme sobre urzes, restaura seu vigor físico e refresca, com bons pensamentos, seu espírito"!

(Parte do texto retirado da internet, com alterações)














1 comentário:

PEREYRA disse...

Que bela história!