Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Loureiro verde loureiro



Loureiro, verde loureiro

loureiro, assim-assim.

Enganaste a donzela

casa com ela, ó Joaquim.

Enganaste a donzela:

casa com ela, ó Joaquim.



Casar com ela, eu não caso não,

que ela a mim não me faz conta

Casar com ela, eu não caso não,

que ela a mim não me faz conta.

Loureiro, verde loureiro,

seco no meio, verde na ponta.



Loureiro, verde loureiro,

seco no meio, verde na ponta.



Se o loureiro não tivesse

pelo meio tanta rama,

 da minha janela via

ai, os olhos à minha dama.

Da minha janela via

ai, os olhos à minha dama.



Ai os olhos à minha dama

Ai os olhos ao meu amor.

Ai os olhos à minha dama

Ai os olhos ao meu amor.

Se o loureiro não tivesse

ai, pelo meio tanta flor.



Se o loureiro não tivesse

ai, pelo meio tanta flor.



Ó loureiro, ó loureiro,

ó loureiro ramalhudo.

 ó loureiro, ó loureiro

ó loureiro ramalhudo.

E a fama é do loureiro

ai, o loureiro paga tudo!
     (Popular)




















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