Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O cara de pau


Há políticos que encenam ao milímetro as suas aparições na TV, encarnando a personagem certa para cada plano, cada acto das suas carreiras. Há dias vimos Paulo Portas chegar a mais uma sessão de pedinchice, então em Washington. Mal viu as câmaras, tratou de se dirigir a Carlos Moedas de facies cerrado e gestos imperativos - pose professoral de quem dá as últimas dicas a um aluno prometedor mas inseguro, antes do exame decisivo. Mesmo que, ali, o neófito fosse ele.
Depois da vergonha "irrevogável" da demissão, Paulo Portas remodelou-se como O Homem que Vai a Reuniões Importantes. Sem tempo para minudências como o prometido "guião" da reforma do Estado, nem para fazer o luto da sua anterior encarnação: o paladino dos pobres e reformados.
Afinal, depois de tantos anos agarrado ao poder, de que obra pode o pavão Portas ufanar-se? Resmas de fotocópias? À memória assomam submarinos, Pandurs, sobreiros, casinos, SIRESP. Nem uma só sílaba meritória, atenuante.

Soube-se há dias que este pendura da nossa democracia colocou as poupanças a salvo num banco estrangeiro, mal soube do que aí vinha - fosse o bom do Relvas a ser apanhado nesta e tê-lo-iam grandolado até em casa. Mas "ser apanhado" é expressão descabida: Portas nem esconde estas coisas. Lembram-se do acidente com o Jaguar da Moderna, já bem a meio do escândalo? Ele não quer saber. Julga-se tão intangível e inalcançável quanto Jacinto Leite Capelo Rego, fantasma célebre e financiador do PP. 
É bem capaz de ter razão.

(Luís Raínha)





















1 comentário:

Anónimo disse...

Um Post(al) oportuno.
Quando os Telejornais e as «Notícias) das Rádios e os Jornais tentam distrair os Portugueses com notícias de um descarrilamento de um comboio no «Aldrabaquistão» , sublinhando que não há portugueses entre as vítimas, é se aplaudir que um Blogue feito desde um pequeno condado do «Reino Maravilhoso» colabore na denúncia de grandes impostores e reles cretinos.

Luís Fernandes