Acolhedora e repousante, a Ribeira da Fraga é uma pequena povoação que seespraia pelas margens da Ribeira de Valizelos e do rio Tinhela. No que concerne à origem da designação desta aldeia, ela parece estar ligada à ribeira que ali corre e às surpreendentes e soberbas fragas que são verdadeiros
monumentos de arte e motivo de espanto para os que ali se deslocam. Longe dos esquemas rígidos da cultura actual, das especulações mais ou menos estéreis e abstractas sobre o que é a civilização, encontramos o povo da Ribeira da Fraga em estreita união com a natureza, vivendo da agricultura de subsistência e da pecuária, especialmente da criação de gado caprino, o leite e os queijos que vendem, sobretudo, nos mercados de Carrazedo de Montenegro. O que lhe dá originalidade, o que a torna graciosa, simples, musical, são as atractivas e relevantes panorâmicas que regalam a vista e enchem a alma de sonhos, as azenhas, accionadas pela força hidráulica, que se têm dedicado, desde séculos à moagem de cereais, as quedas de água, a heterogeneidade das árvores, o verde dos campos, a pesca do barbo e da truta no rio Tinhela e no de Valizelos. Os moinhos, talvez aqui introduzidos pelos Romanos que os trouxeram, ao que parece, do Oriente, depois das suas conquistas, estão agora a ficar parados e a deteriorar-se, vencidos numa luta gigantesca, pela concorrência desigual das moagens mecânicas industriais que os ultrapassaram. A povoação da Ribeira da Fraga teve na sua área uns 13 moinhos na Ribeira de Valizelos e no rio Tinhela em laboração contínua.
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