Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ainda não estamos a meio do Outono e já o Inverno entrou



As estações do ano, que aprendemos a caracterizar nos nossos planos escolares, já não existem. Não existem, como as concebemos, alinhadas, respeitosas, ocupando cada qual o seu lugar no tempo.

O Outono era a estação do ano associada à queda das folhas e castanhas assadas, ao colorido da paisagem e ao tempo ameno _ uma transição para o Inverno que viria a seguir. Hoje, nada disto faz sentido,porque o país vive autênticos dias de Inverno, com todos os condimentos _ frio, chuva, vento, nevoeiro. 

Ainda não estamos a meio do Outono e já o Inverno entrou, sem cerimónia, como se fosse o dono do pedaço.

É num dia assim, de Inverno, em pleno Outono, que recordamos os livros escolares, do primeiro ciclo, que caracterizavam assim o Outono:

"Na cidade, depois das férias as pessoas regressam ao trabalho. No campo, colhem-se os últimos frutos, trabalha-se na faina da vindima. Na cidade e no campo, abrem as aulas, um novo ano escolar começa. Sentem-se os primeiros frios. Sopram os primeiros ventos. Caem as primeiras chuvas. Uma nova época do ano começa: é a estação do Outono"

E eu acrescento. Outono? Só se for no calendário!









































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