Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 10 de abril de 2016

Quero ser pastor

                                                     Foto Internet

Deixaram a confusão de Lisboa e, alguns, instalaram-se na terra natal dos seus pais. Têm formação superior, mas dedicam-se à criação de cabras no nordeste algarvio

.Nuno Coelho, 41 anos, formado em Engenharia Alimentar, dedica actualmente os dias da sua vida a pastorear as cabras pelas terras de Corte de Seda, concelho de Alcoutim. É uma vida diferente, mas que escolheu depois de ter vivido em Lisboa, cidade onde cresceu e estudou.

Há três anos decidiu mudar de vida e regressar ao Algarve, às terras de origem dos seus pais, para fazer aquilo que quer: ser pastor e criador de um rebanho de cabras, em Alcoutim. É uma profissão que o enche de alegria. “Uma vez dei pela falta de uma cabra. No dia seguinte encontrei-a mas com um presente. Deu à luz duas cabrinhas”, conta.
Atualmente, está a fazer experiências “para melhorar a aptidão leiteira do rebanho”, constituído por uma centena de cabras algarvias. E pretende abrir a sua própria queijaria até ao final deste ano. “Mas, para abrir uma pequena unidade artesanal não basta produzir, ter uma marca ou um canal de distribuição. É preciso planear, reunir todas as peças do puzzle e fazer”, refere o pastor, visivelmente entusiasmado.
Mas Nuno Coelho não é caso único. Há uma nova geração de pastores que, em Alcoutim, dão esperança à economia local. Lina é outro exemplo de uma criadora de cabras que se instalou recentemente naquele concelho, deixando para trás o stresse da grande capital, Lisboa.
Fonte: Jornal do Algarve


Reproduzi parte do artigo do jornal "Jornal do Algarve" porque vem ao encontro daquilo que eu tenho dito inúmeras vezes. Ser pastor é uma profissão nobre, que dignifica qualquer um, ao contrário do que muitos pensam. Estar em contacto com a natureza todos os dias é um privilégio de que só alguns podem usufruir. Percorrer montes e vales, ouvir a sinfonia da passarada e outros sons da terra, beber água fresca na nascente, dormir a sesta à sombra de um carvalho ou pinheiro, são momentos únicos.
Quem não os viveu, não consegue imaginar...











































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