Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 8 de maio de 2016

Vencer esta barreira do Marão tem um profundo significado _ inauguração do Túnel do Marão




O primeiro-ministro, António Costa, já descerrou a placa que assinala a inauguração oficial do Túnel do Marão. José Sócrates, que relançou a obra, há sete anos, também esteve presente.

Mais de mil pessoas já atravessaram o Túnel do Marão, este sábado. A pedalar, a correr, a caminhar, de vespa ou em carros clássicos, foram os primeiros a passar para lá do Marão sem subir a serra.

Da parte da tarde, começou a romaria oficial, com dezenas de convidados a cruzarem o Túnel do Marão. Coube a António Costa, primeiro-ministro em exercício, inaugurar a obra lançada por José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, em 2004.



Vencer esta barreira do Marão tem um profundo significado


Inaugurar o Túnel do Marão abre séculos de oportunidades para Trás-os-Montes, defendeu António Costa. "Hoje é um dia histórico para o país com a inauguração desta infraestrutura", afirmou no seu discurso, que teve como palco o interior de uma das galerias do Túnel do Marão.


"E quero, na pessoa do senhor engenheiro José Sócrates, cumprimentar e saudar todos aqueles que desde 2007 até hoje contribuíram para que esta obra tenha sido concluída", salientou.


O primeiro-ministro aproveitou para homenagear os que trabalharam e projectaram esta obra e os autarcas que se bateram pela conclusão da autoestrada que liga Amarante a Vila Real.

Durante o seu discurso, o primeiro-ministro considerou ainda que esta infraestrutura é a mais importante do país desde a ponte sobre o Tejo, inaugurada há 50 anos. "Nenhuma outra infraestrutura tinha sido tão relevante para vencer para barreira natural. Há 50 anos o Tejo, hoje o Marão. E vencer esta barreira do Marão tem um profundo significado", salientou.

Para Costa vencer esta barreira "é rasgar um ciclo de novas oportunidades ao desenvolvimento e de novas oportunidades à projeção do país na economia global". "Esta barreira  significou efectivamente décadas de atraso para a região e rasgar este túnel abre século de oportunidades de desenvolvimento para Trás-os-Montes", frisou.

Já José Sócrates assinalou que o Túnel do Marão "assinala o reencontro do país com Trás-os-Montes", lembrando que todos os anos morrem dezenas de pessoas no IP4, a passar o Marão. "Esta é uma obra de um tempo num país em que se faziam coisas, que avançou contra muitas opiniões desfavoráveis", acrescentou.


"A política é fazer coisas, melhorar, evoluir", disse José Sócrates. "Há um discurso ideológico contra a obra pública, mas as obras públicas fazem falta, para modernizar o país, a economia e o emprego", defendeu, após a inauguração oficial do Túnel do Marão, cerca das 16 horas deste sábado.


O presidente da Câmara de Vila Real agradeceu também a José Sócrates a ousadia de ter decidido construir o Túnel do Marão, um momento do discurso na inauguração que foi aplaudido por muitos dos presentes na cerimónia.


"Mas o governo que teve essa ousadia e nomeadamente quem o dirigia, merecem hoje a nossa homenagem! Muito obrigado José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa! O teu gesto, o vosso gesto, não será nunca esquecido", afirmou Rui Santos.












































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