Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 5 de junho de 2016

O jasmim surge na península Ibérica pela mão dos povos árabes



…”Acaso haveis ouvido falar de uma conquista que deixou atrás de si mil livros de poesia, mil alvercas de água e plantados mil pés de jasmim?“ (lA Espagna Muçulmana)


É assim que o jasmim surge na península Ibérica, pela mão dos povos árabes, que entre nós deixaram inúmeras marcas da sua cultura muito para além do jasmim. Esta é apenas mais uma espécie que viajou da sua origem na China até aos nossos jardins pela mão de povos colonizadores, neste caso o povo árabe. Se pensarmos no quão difícil seria transportar bens essenciais em tão adversas condições de locomoção, podemos imaginar que não sendo o jasmim uma planta comestível, a sua necessidade só se pode justificar pelo refinado sentido poético de quem o cultivou.
A essência do jasmim era e continua a ser essencial na construção de jardins cuja génese assenta na procura de elementos simples como o odor ou a frescura, fundamentais no contraste com o clima quente e árido da região mediterrânica. O gosto por determinadas plantas não surge do acaso, mas sim da necessidade de recriar determinados ambientes que nos façam sentir para além de simplesmente existir.
O Jasmim-comum, ou Jasminum officinalis é provavelmente o mais vulgar, mas existem muitas outras espécies, com características idênticas que podem ser plantados nos nossos jardins, encontrando-se razoavelmente bem adaptados.
O jasmim, frequentemente utilizado como planta trepadora pode ser igualmente utilizado como arbusto. Algumas espécies de jasmim, como o J. officinalis ou J. polyanthum podem ser colocados em pleno sol, mas de uma forma geral os jasmins preferem zonas mais sombrias, frescas e/ou com poucas horas de sol. A rega é essencial no Verão, por norma cada 3 a 4 dias, bastando uma rega semanal no Inverno. A adubação de Primavera é muito importante para o crescimento vigoroso das guias. Para um bom desenvolvimento as temperaturas mínimas não devem descer abaixo dos – 5º C e durante um curto período.
Talvez menos conhecido do público em geral, seja a espécie Jasminum azoricum (Jasmim-dos-Açores), que como o próprio nome indica é originário do arquipélago dos Açores. Só recentemente esta espécie de jasmim começou a ser comercializada, mas a sua folhagem densa e flores extremamente odoríferas, rapidamente conquistaram o mercado viveirista. Para além da sua beleza é ainda bastante resistente a solos pobres, aguentando alguma secura, desde que não seja prolongada. A sua propagação por estaca é fácil, devendo ser feita a partir de talos semi-lenhosos cortados em finais do verão e postos a enraizar em estufa.










































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