Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 15 de abril de 2018

Em Vilartão a tradição ainda é o que era



Em Vilartão a tradição ainda é o que era. 
Adorei a benzida Pascal, em Vilartão, e a maneira como as pessoas convivem, em cada casa que é visitada. Os donos hão-de vir à rua, com comida e bebida e ajudar a fazer a festa. Os garrafões, as garrafas de jeropiga, os pratos de salpicão e linguiça, os bolos e tudo o mais que que haja em casa, vêm para a rua e andam de mão em mão. E lá vai o senhor Padre, a caminho de outra casa, onde o ritual se repete. Sempre ao som da campainha, que vai abrindo caminho e anunciando a chegada de Cristo Ressuscitado. Mais um cântico das mulheres, a esta nova porta, de onde há-de sair mais um prato bem recheado e mais vinho. E haverá mais convívio e mais pessoal. De cada casa, já benzida, vão saindo mais pessoas, que se juntam à festa e acompanham o Compasso. Afinal a Páscoa é mesmo isto. Tempo de alegria, tempo de ressurreição. E isto há-de repetir-se ao longo do dia, à porta de cada casa. Quando a benzida acaba, o povo está junto na rua.


















































Sem comentários: