Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Gosto da Rotunda dos Tanques, em Valpaços





Gosto da Rotunda dos Tanques, em Valpaços. Gosto muito! Quando ali passo, e faço-o muitas vezes, aponto a câmara e fica o registo.
Esteticamente gosto do lugar_ é algo novo, vivo, verde, fresco, com cheiro a passado.
E gosto, também, pelo que simboliza, pela carga emocional e afectiva que encerra, pelas memórias que desperta. 
Os tanques, utilizados, agora, para decorar a rotunda, foram no passado, os lavadouros onde as mulheres lavavam a roupa e, muitas vezes, as mágoas. Eram momentos de convívio e de partilha, enquanto iam torcendo as peças e as acomodavam no cesto, que, depois, transportariam na cabeça, para casa. Entretanto, era o bater da roupa na pedra, era a conversa, eram as novidades, eram as cantigas que animavam essas tarefas, 
Os tanques ali estão, monumentos de pedra e água, a lembrar aos que passam que já foram mais, muito mais do que objectos decorativos.
















































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