Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 10 de julho de 2018

Vamos estender a toalha e abrir o farnel



O hábito de se realizarem refeições ao ar livre, dentro de sociedades civilizadas, remontam o próprio advento da civilização. Os antigos babilónios realizavam refeições ao ar livre fora das cidades, juntamente do rei e de sacerdotes, durante as comemorações do ano novo. Esta refeição possuía um caráter ritualístico, mas também festivo.
Entre os antigos gregos, rituais, sacrifícios e celebrações nas imediações dos templos eram acompanhadas de refeições festivas ao ar livre, que incluíam a preparação dos alimentos no local.
Os romanos eram grandes entusiastas de refeições festivas ao ar livre. Existia o costume de se organizarem refeições próximas das sepulturas de antepassados , assim como em reuniões de caça, onde os serviçais preparavam a refeição no próprio local, a partir de animais recém abatidos pelos mestres. A literatura romana está repleta de referências a encontros nos limites da cidade, em gramados ou nas praias, onde as pessoas comuns realizavam banquetes e relaxavam. Séneca descreve na obra Cartas morais para Lucilius, que as refeições no campo, ao ar livre, onde o homem comum pode comer, conversar e escrever, são um dos maiores prazeres da vida.
Aqui, em Valpaços, no jardim que envolve o edifício camarário, também apetece estender a toalha, abrir o farnel e fazer um piquenique. com amigos, claro. Com conversa e as histórias de sempre.
Vamos a isso?















































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