Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Era uma dália igual a cem mil dálias que crescem por esses jardins



Era uma dália igual a cem mil dálias que crescem por esses jardins. Uma dália amarela, mais concretamente. Sim, porque também há dálias brancas, rosa, vermelhas, matizadas e mais.
Esta era amarela, dum amarelo pálido que contrastava com o verde do caule e das folhas.Então, perguntam vocês, o que tem de especial esta dália amarela, igual a cem mil dálias da mesma cor? O tamanho, digo eu. Sim, era uma dália grande, muito grande, enorme, como nunca tinha visto. 
Cresceu num jardim em Lama de Ouriço, mesmo à beira da estrada, onde passo imensas vezes. Reparei nela e parei para a fotografar. Quando levantei os olhos para apontar a câmara deparo-me com um senhor que me olhava fixamente. Um pouco sem jeito, já protagonizei cenas verdadeiramente hilariantes com a câmara, tentei justificar a minha presença e o motivo da minha paragem. Com um sorriso deixou-me fotografar a sua bonita e singular planta. Enquanto eu registava o momento, soube onde adquiriu a semente e os cuidados que lhe dispensa, diariamente. Enquanto falava cortou a mais linda e viçosa dália, que me ofereceu sorrindo.
Bem haja senhor Manuel. O senhor é um cavalheiro.















































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