Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Sentei-me na paisagem à espera da Primavera



Sentei-me na paisagem à espera da Primavera. Ela chegou de mansinho, como quem não quer nada, mas foi sol de pouca dura. Ainda deu tempo para estender o seu manto por toda a terra. E foi um desabrochar de tons, sons e emoções. O verde, como pano de fundo, dá lugar aos brancos aos amarelos, aos rosas, aos azuis, numa profusão de cores, uma verdadeira
bênção para os nossos olhos. Depois, como quem não quer nada, saiu, também, de mansinho, para dar lugar ao chuvoso e frio Inverno. Desde então, é um entra e sai, um jogo às escondidas, ora agora ficas tu, ora agora entro eu, que nos vai deixando à beira de um ataque de nervos.


Pelo que dizem os meteorologistas, agora, que está quase e definitivamente de partida, ainda não chegou para ficar. Continua, descaradamente, a fintar o calendário. 
Mesmo empurrada e obrigada a abandonar-nos, a Primavera, com o Inverno ou Outono entre nós, cumpriu o prometido em cada ano_o campo transformou-se e transformou-nos e o nosso olhar deslumbra-se com a natureza em festa.
Chega de Inverno que nos turba o brilho do olhar, faz silenciar as canções da nossa alma e apaga os sorrisos do nosso amanhecer.
O Inverno, o Inverno do nosso descontentamento, já foi e a Primavera instalou-se. Não sei se, agora, é de vez.
Tudo se renova, eternamente.




































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