Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Festa dos emigrantes_a escolha do largo e o derrube das árvores



A festa de Agosto, festa dos emigrantes, já acabou há muito, mas as árvores selvaticamente derrubadas, ou quase, vão ficar, durante muito tempo, a atestar este atentado, esta incúria, este golpe desferido contra o ambiente. Eu explico_para passar um conjunto de grandes dimensões, que fez a sua exibição no Largo da Feira, junto do Lar Dr.ª Perpétua Fins Tavares e do cemitério desta terra, foi necessário interferir, desastrosamente, contra umas árvores que embelezavam o espaço e davam sombra no Verão. Não fosse a intervenção rápida e oportuna de um vizinho, indignado, elas seriam abatidas.
No meu entender, e no de muita gente que ouvi, nem todas as festas do Concelho justificavam o derrube de uma só árvore.
Isto, é tanto mais grave, porque na minha terra existem três largos, melhores que o referenciado, onde se poderia fazer a festa poupando as árvores e dando sossego aos utentes do Lar.
Já nem falo do cemitério, onde tantas lágrimas têm sido vertidas, agora voltado para a música para a sueca para os copos para as discussões e mais, e mais. Mas isto é tudo uma questão de sensibilidade, de respeito. Ou se tem, ou não há nada a fazer.
E se falamos de sensibilidade ambiental oiçam o que aconteceu em S. Lourenço, muito perto daqui, há mais de cem anos. Muito mais. Foi delimitado um terreno para construção de uma casa. Nesse espaço existia uma pereira. O projecto foi feito de modo a poupar a pereira, que ainda hoje espreita por um buraco da parede, e brinda os moradores com deliciosas pêras. E com tudo o mais que as árvores, generosamente, nos fornecem.




































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