Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
3 comentários:
GRAÇA,
A propósito de Montes Vales e SAUDADES, gostava que me localizasses esta fotografia; mantendo a saudade como estado de alma, apelo agora à tua famosa memória, vou-te contar agora um episódio quiçá bizarro deste verão, que se deu comigo, para ver se encontras alguma relação com o BLOG que segues «Verride».
Um electricista de Vinhais que trabalha na mesma empresa que eu, foi convocado por mim para se apresentar na obra do metro de Gondomar; disse-lhe para se apresentar no nosso escritório e falar com Afonso Carneiro, este depois de estar dois meses sem colocação, ficou todo contente e quando chegou a casa disse à esposa que já ía trabalhar e tinha que se apresentar a Afonso Carneiro, ao que a mulher respondeu, eu conheço esse Senhor... O nosso colaborador apresentou-se, conforme marcado e confrontou-me com o facto da esposa me conhecer, ora eu que julgava não conhecer em Verride viva alma, respondi-lhe que era pouco provável, foi nessa altura que me pôs em contacto com a sua sua companheira e apareceu do outro lado do telefone a ELISA que tinha passado férias na NOSSA TERRA no final dos anos setenta, era prima do SR. Armindo Augusto Alves. Lembras-te desse Verão?
Lembro-me perfeitamente da Elisa, prima do srº Armindo, melhor dizendo, da Dona Licínia, a esposa. Ouvi-lhe falar, vezes sem conta, da sua terra - Verride.
Também tenho presente a estadia da Elisa em Lebução e das caminhadas que fazia ela e o Agostinho.
Quando tiveres oportunidade fala-lhe em mim.Suponho que ela se lembrará.
Agora estou a recordar que estive uma vez em Verride. Seguindo a estrada antiga de Coimbra para a Figueira e antes de entrarmos nas pontes de Maiorca, cortamos à esquerda. Há uma placa indicativa que assinala Verride e Ireira.
Acho que o pai dela se chamava, ou chama Pinto.
Um beijo, Afonso.
Já depois de falar contigo ocorreu-me mais qualquer coisa que te direi. Eu ligo-te. Sabes que há coisas que não podem passar para o domínio público. Beijo
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