Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma Tarde de Inverno


A tarde cinzenta e chuvosa de Inverno era um convite ao recolhimento no quentinho do lar. Por isso, e muito mais, resolvemos assentar arraiais em casa do Mário e, reunidos à volta da lareira, pusemos a conversa em dia e confraternizámos em família. Aquecemos o corpo e a alma!
Na mesa ainda permaneciam os petiscos de Natal. Quantas vezes a Preciosa fez as rabanadas, a aletria, as filhós de abóbora e ...? Muitas, calculo.
Porque, afinal, Natal é sempre que a gente quer!
Nós também o festejámos ontem, com muita, muita alegria. As gargalhadas ouviam-se fora da casa e faziam parar quem passava.
Chico, Zé, Clarinha que pena tivemos por não poderdes partilhar connosco este Natal retardado!
Os vossos irmãos lamentavam, a cada momento, a vossa ausência mas eu animava-os dizendo-lhes:
Não tem mal, depois eu conto-lhes...

4 comentários:

Afonso Carneiro disse...

Olha o Guilherme! Estás mais careca do que eu, qual é a largura do teu cinto....Penso que temos que viver a vida, comer, beber e procurar o maná.

Um abraço
Boas Festas
Afonso Carneiro

Anónimo disse...

Os meninos à volta da fogueira
Vão falando e petiscando a tarde inteira...

Graça Gomes disse...

E o anónimo ficou que nem podia
por não estar com os meninos nesse dia!

Zé Valpaços disse...

Tens cá uma lata ó Gracinha!
Vós passais a tarde a enfardar, com muita pena dos outros não estarem presentes. Mas tu resolvves
o problema da melhor maneira.
Depois eu conto-lhes.
Como se isso servisse de alguma coisa.