Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 18 de abril de 2010

Primavera? Só no calendário


Esta Primavera, que não se farta de brincar às escondidas connosco, está a levar os lavradores ao desespero.
Depois de uns dias, poucos, de sol, voltamos ao mesmo: céu cinzento, frio, chuva, muita chuva, vento, granizo... nada tem faltado nesta Primavera, que deu a volta ao calendário, enquanto, ardilosa, se passeia disfarçada de Inverno.
É tempo de semear. É neste mês, ou talvez antes, que se plantam e semeiam as batatas, feijões, cenouras, alfaces...
Este ano alguns terrenos ainda não foram lavrados e a sementeira vai ficando adiada, enquanto os terrenos estiverem inundados.

E, assim, continuamos à espera de melhores dias, enquanto a água que cai do céu molha as flores, e o vento, companheiro de maldades, vai deitando por terra esse manto de brancura!

4 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,

a vida do campo está sujeita a estes imponderáveis desígnios da natureza.
esperemos que as erupções na Islândia não tragam mais preocupações.
abs

Armando Sena disse...

Lá está, Abril águas mil. Quem sabe seja Maio pardo e São João claro?

Leandro Afonso disse...

realmente esta primavera anda a dar cabo da cabeça a muita gente! pode ser que a epoca das chuvas esteja a acabar e venha o tempo normal para a epoca, ja faz falta um pouco de sol e andarmos com menos roupa ás costas!!

Beijinhos!

Arminda disse...

No calendário e na fotografia.
Linda mesmo essa foto!
bjs