Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Andam cavalos nos pastos de Tinhela

Num dia de Verão antecipado, embrenhei-me pelos caminhos estreitos da veiga de Nozelos, em busca de cancelas, para ajudar a entupir as pastas dos meus amigos Domingos e Milita (http://cancelas.blogs.sapo.pt/).
O meu companheiro destas andanças, o meu Diogo, com o seu olho de lince, logo reparou num enorme lameiro onde repousavam, à beira do ribeiro, corpulentos cavalos. Começámos a chamá-los e, espantados ficámos nós, quando eles se levantaram, esbeltos e altivos, caminhando, lentamente, para o lugar onde nos encontrávamos. E, perfilados, olharam-nos à espera de algo que eu não consegui entender. Muitas mais vezes parámos junto do lameiro e dos cavalos. Mas eles não voltaram a repetir a graça...


8 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
boa notícia esta.
espero que não estejam de férias e que sejam um bom sinal.
abs

celestino disse...

E se não fosses tu não saberíamos desse conjunto equídio que pasta os lameiros de Tinhela!
E se é uma maravilha poder apreciar tão elegantes animais!
Obrigado, Graça, por esta interessante descoberta. Pensei que não houvesse criação de cavalos aqui pelas nossas terras. Afinal, por cá também há quem se interesse pela coisa.

dmpires disse...

Obrigado, Graça, por se preocupar em procurar novas cancelas. Acabou por descobrir motivos bem mais interessantes para fotografar!

Eugénio Borges disse...

Boa notícia, belas imagens. O vale de Tinhela é imenso! Abraço

Armando Sena disse...

Quem sabe, um novo motivo de fixação e oportunidade...

Anónimo disse...

Quando fazemos percursos pela Natureza, podemos sempre ser prendados por pequenas/grandes maravilhas. Aqui está uma delas.
Bjs
Arminda

Alexandra Gomes disse...

Olá Professora Graça.
Os cavalos são de facto animais muito especiais e únicos...
Belas fotografias...

Um beijinho para o meu amigo Diogo... Estou à espera de uma visita dele...

Bjinhos

Anónimo disse...

Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.

Federico Garcia Lorca