Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
7 comentários:
Cara Profª Graça,
outros tempos em que se preservava uma simples pereira (na época não devia haver tantas árvores de fruto como hoje...)
conclusão: exemplos não nos faltam... o que, digo eu, talvez nos falte é um pouco de bom senso.
abs
As Árvores são nossas amigas
A presença das árvores desperta uma paz e um sossego na alma humana. Esse é um segredo que explica por que - desde os tempos mais remotos - em todos os cantos do mundo, os sábios e místicos têm usado florestas como locais de refúgio e de inspiração. Há uma relação natural e instintiva entre a árvore e o homem. Até os seus modos de respirar se completam.
É difícil imaginar seres tão benéficos quanto as árvores. Elas embelezam a paisagem, dão sombra, madeira, frutas, e são o refúgio e abrigo de pássaros e outras espécies de animais. Comunicam o subsolo com a atmosfera e purificam o ar. Atraem nuvens, regulam as chuvas, estabilizam o clima e garantem a humidade do solo. Combatem a erosão e evitam o excesso de ventos.
Mas, além das suas funções vitais e práticas, a árvore tem uma forte natureza mágica. Ela é universalmente considerada um símbolo do relacionamento entre céu e terra. Com sua estrutura vertical - o tronco - a árvore estabelece um eixo simbólico de ligação entre o mundo físico e o mundo divino. Por outro lado, seus galhos, ramos, folhas e frutos reúnem toda uma comunidade de aves, insectos, répteis e pequenos mamíferos, o que é um símbolo da infinita diversidade da vida.
Foi com infinita satisfação que vi hoje publicado no blogue "Lebução de Valpaços" uma fotografia, com o respectivo comentário, em que está muito bem documentada a sensibilidade das pessoas de outros tempos. As árvores eram preservadas e, até mesmo quando se plantavam, não importava se só os netos viessem a usufruir delas.
Obrigado Graça, por trazer para aqui este tema, também muito sentido no blogue "Cancelas".
Sabe, Domingos? A cancela, a casa, a árvore, encerram uma história de sensibilidade, de amor pela natureza, emocionante.
Acho que esta história contada, por quem de direito, deveria fazer parte dos planos curriculares de leitura. é pelo exemplo que se educa e este é um excelente exemplo a seguir, hoje que se abatem árvores só porque sim...
Gostei do que me disse. O Domingos tem sempre a palavra certa para o momento, e isso fez com que eu não me sentisse uma vulgar "surripiadora".
Bem haja.
Olá Professora Graça.
Estou a escrever só para felicitar pelo magnifico Blog que está a fazer.
Acompanho-o e delicio-me com as suas postagens.
Muitos parabéns de uma admiradora que muito dá valor as árvores…
Beijinhos
Olá Professora Graça.
Estou a escrever só para felicitar pelo magnifico Blog que está a fazer.
Acompanho-o e delicio-me com as suas postagens.
Muitos parabéns de uma admiradora que muito dá valor as árvores…
Bjinho
As árvores morrem dignamente de pé...
nao sei se antigamente havia menos árvores mas o certo é que antigamente so se abatiam as estritamente necessárias. Hoje deitam-se árvores abaixo à medida dos "nossos" caprichos e do "nosso" humor, o que está muito mal.
Enviar um comentário