Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 10 de junho de 2010

...E aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando


O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é comemorado no dia 10 de Junho. Data que se celebra o passado de Portugal e lembra toda a comunidade portuguesa que vive fora do país. O personagem de Luís de Camões representa "O Herói da Pátria" por toda a sua genialidade.
A história das Comemorações do 10 de Junho remonta ao ano de 1933. Foi nessa época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional, uma forma de reconhecimento e homenagem ao poeta português Luís Vaz de Camões. A cidade de Faro foi escolhida como sede das comemorações do Dia de Portugal em 2010.
A sua obra “Os Lusíadas” foi traduzida e publicada em diversas línguas, servindo como um dos maiores veículos para a expansão da Língua Portuguesa. No dia 10 de Junho comemora-se, também, o Dia de Portugal, data em que a Presidência da República pretende “dignificar, através da atribuição de determinados títulos e medalhas, portugueses que se tenham distinguido em determinadas áreas, sem distinção da opção ideológica ou da opção religiosa”. A 10 de Junho assinala-se ainda o Dia das Comunidades Portuguesas, uma homenagem aos cerca de cinco milhões de portugueses espalhados por 132 países, no Mundo.








Já se viam chegados junto à terra


que desejada já de tantos fora,


que entre as correntes Índicas se encerra


e o Ganges, que no céu terreno mora.


Ora sus, gente forte, que na guerra


quereis levar a palma vencedora:


Já sois chegados, já tendes diante


a terra de riquezas abundante!




(...)
Um ramo na mão tinha... Mas oh, cego


eu, que cometo, insano e temerário


sem vós, ninfas do Tejo e do Mondego,


por caminho tão árduo, longo e vário!


Vosso favor invoco, que navego


por alto mar, com vento tão contrário


que, se não me ajudais, hei grande medo


que o meu fraco batel se alague cedo.




Os Lusíadas, Canto VII


6 comentários:

Anónimo disse...

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de Junho, é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, e também um feriado nacional de Portugal.
Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, era celebrado como o Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses.

Paulo C. disse...

Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal que mata e não se vê:

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.

João Pires disse...

Verdes são os campos

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões

Diogo Gomes disse...

Eu aprendi na escola que Camões foi o maior poeta de todos os tempos. Escreveu uma obra que se chama Os Lusíadas. E escreveu muitos poemas.
Eu também sei que ele morreu em 1580 e essa data é sempre lembrada pelos portugueses.

Alexandra Gomes disse...

O 10 de Junho nasceu com a República quando Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões.
Camões representava o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial e era este o significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho.O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é pois um tributo à data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580, é utilizada para relembrar os feitos passados do povo lusitano E também os milhões de Portugueses que vivem fora do seu país natal.

Graça Gomes disse...

Assim é que se fala Xaninha!
Um beijo