Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 13 de junho de 2010

Hoje é dia de Santo António


Santo António, de seu nome Fernando, filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo, nasceu em Lisboa entre 1191 / 1195, (aceita-se oficialmente a data de 15 de Agosto de 1195, numa casa próxima da Sé de Lisboa, às portas da cidade, no local, assim se pensa, onde posteriormente se ergueu a Igreja sob sua invocação.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje a Sé de Lisboa), ingressando mais tarde, como noviço, na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, guiado pela mão do então prior D. Estêvão.
Permaneceu em São Vicente de Fora por três anos, tendo com 18 ou 19 anos entrado no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, ao tempo um importante centro de cultura medieval e eclesiástica da Europa, onde realizou os estudos em Direito Canónico, Filosofia e Teologia. O martírio dos cinco franciscanos, decapitados em Marrocos, e a vinda das seus restos mortais em 1220 para Coimbra fizeram Fernando abraçar o espírito de evangelização e trocar a Regra de Santo Agostinho pela Ordem de São Francisco, recolhendo-se no Eremitério dos Olivais de Coimbra e mudando então o nome para António.


O primeiro milagre de Santo António: reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e insta os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges terão ficado tão impressionados que logo se converteram. Outra vez, Santo António livra o pai da forca. Conta a lenda que estando o Santo a pregar em Pádua, sentiu que a sua presença era necessária em Lisboa e recolheu-se, cobrindo a cabeça em silêncio reflexão. Simultaneamente encontra-se em Lisboa, onde seu pai tinha sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Este, ressuscitado e questionado pelo Santo, afirma a inocência do pai de Santo António e volta a descansar.O terceiro milagre ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após sua morte. Estando o Santo na casa do conde Tiso, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei António; depara-se-lhe então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo António. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, descobre o "espião", fazendo-lhe jurar que só contaria o visto após a sua morte.


Responso de Santo António


Se milagres tu procuras.

Pede logo a Santo António

Fogem dele as desventuras.

Erros males e o demónio.


Torna manso o iroso mar.

Das prisões quebra as correntes.

Bens perdidos faz achar.

E dá saúde aos doentes.


Aflições perigos cedem .

Ante a sua intercessão.

Dons recebem se lhos pedem.

O mancebo e o ancião.


Em qualquer necessidade.

Presta auxílio soberano.

De sua alta caridade.

Vale a voz dos paduanos.


Glória seja dada ao Pai.

E ao Filho nosso bem.

E ao Espírito Santo.

Por séculos sem fim.
Ámen

12 comentários:

Anónimo disse...

"Snto António snto António Meu santinho milagreiro,
Arranja-me moça bonita
Pra este rapaz que é solteiro"

Anónimo disse...

"Snto António snto António, Tens fama de milagreiro. Eu peço um moço bonito E que não seja azeiteiro."

António Santeiro disse...

Stº António, meu santinho
És um santo popular
Faz um milagre, te peço
Ensina o anónimo a falar.

Ele não sabe o que diz
Mas está sempre a falar
Dá-lhe um pontapé no cú
Põe-no daqui a andar.

Maria Saudade disse...

Santo António, Santo António
Que bonito que tu és
Manda o anónimo embora
Coloca-lhe uns patins nos pés.

Anónimo disse...

Snto António es das moças Pra mim já não peço nada Da educação a esta gente Que isto já é uma peixeirada!!!... Ass: Manel da couve

Maria Saudade disse...

Santo António meu santinho
Era um grande pregador.
Fazia muitos milagres
Atendia casos de amor.

No baile em que tudo dança
Pouco fica pra dizer.
Ninguém pode mal falar
Porque tudo esteve a ver.

A caixa que não tem tampa
Fica sempre destapada.
A boca que está aberta
Poucas vezes está calada.

Alexandra Gomes disse...

Manjericos, marchas, sardinhas e bifanas são elementos essenciais para festejar o Santo António!

Anónimo disse...

E o mais essencial para que haja folha, são cravos e rosas bonitos no meio da romaria... Esta não era para rimar peço desculpa.

Graça Gomes disse...

Só tu, Xaninha, para elevares o nível, porque estes comentaristas deixam muito a desejar. Além de anónimos/o ainda escrevem mal que se fartam e não têm compostura.
Perdoa-lhes, Santo António, que eles não sabem o que dizem...

Anónimo disse...

Nem merece a pena, a dona do blogue descer ao nível de tais invejosos(as) ressabiados, que não conseguem digerir a felicidade alheia, e o que eu acho.. O melhor será ignora-los, e que vão pregar onde são bem vindos.?! Mais nada!!!

Anónimo disse...

Sinceramente já me mete nojo tanto pudismo.Estes(as) devem ser os (as) que batem palmas aos hermans e companhia deste país, mas quando estão sózinhos em casa na cobardia do anonimato.

Anónimo disse...

Oh anónimo, aproveita a hora de almoço para ir dar uma volta ao bilhar grande, mas tem cuidado a controlar a rotunda... Ouvistes?? Fachabor, é q o azeite pega-se!!