Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Solene Procissão do Corpo de Deus em Lebução


A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real de "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade.O Papa Urbano IV foi o cónego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido de dúvidas. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sanguíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre os seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objectos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de Agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico, através da bula Transiturus do Mundo, o apelo para uma festa com extraordinária solenidade, em honra do Corpo do Senhor.
A festa de Corpus Christi foi decretada em
1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas propagou-se por algumas igrejas, como na diocese de Colónia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270. A procissão surgiu em Colónia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma celebra-se desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete
sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim.” Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi celebra-se sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, sessenta dias depois da Páscoa.















6 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
não é possível conhecer as nossas gentes sem lhes reconhecer uma profunda religiosidade.
Bonita procissão... e muito participada!
abs

teresa carneiro disse...

Olá querida Graça...amei as fotos!!!!!!!! Mostram um profundo respeito e amor ao Nosso senhor Jesus!!!!!!!!bjs Teresa Carneirotativ

Firmino Carneiro disse...

Graça, embora visitante assíduo do teu blog, nunca tinha deixado comentário algum. Hoje não resisti, e isto, porque quero aqui expressar o meu reconhecimento pelo magnífico trabalho que com carinho e sabedoria estás a desenvolver em prol das gentes de Lebução e do Concelho. Continua e bem hajas pelos momentos de felicidade que proporcionas a quem gosta dessa aldeia. Bjs
Firmino Carneiro

Graça Gomes disse...

Olá Teresa. Há quanto tempo!
Vai aparecendo e dizendo alguma coisa.
Um beijo.

Olha, Firmino, foi com imensa alegria que li o teu comentário, o teu comentário amigo.
Volta sempre pois serás sempre bem vindo.
Um beijo.

Maria disse...

Procissão muito bonita e com muita gente. Quem está longe como eu gosta de ver tudo o que se passa na nossa terra.
Obridado a quem nos dá estas alegrias.

Maria disse...

Procissão muito bonita e com muita gente. Quem está longe como eu gosta de ver tudo o que se passa na nossa terra.
Obridado a quem nos dá estas alegrias.