Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Relógios de Sol




A constatação de que o Sol nasce todos os dias no mesmo sítio e se põe no mesmo lugar, a ocorrência de períodos alternantes de dia e de noite, as variações de temperatura e os fenómenos com elas relacionados, como os períodos de grande calor ou de frio intenso, o aparecimento e queda das folhas das plantas, as deslocações dos animais, ... preocuparam, desde sempre e cada vez mais, o Homem Primitivo. Foi, certamente, ao tentar interpretar todos estes fenómenos relacionados com o movimento do Sol, que ele reparou que a sombra projectada por ele próprio, por uma rocha, por uma árvore e, mesmo, pelo seu cajado, variava de comprimento e direcção. Esta terá sido, certamente, a primeira medição do tempo praticada pelo Homem!...
Não se sabe, ao certo, quem, quando e onde foi construído o primeiro mecanismo destinado à medição do tempo. No entanto, todos os investigadores estão de acordo em considerar que esse primeiro aparelho utilizado pelo homem para medir o tempo, foi o Relógio de Sol.


( Fonte: Relógios de Sol

(Tipos Morfológicos, Localização, Características)

Autor: Drº Adérito Medeiros Freitas



Estes belos exemplares que hoje apresento, provavelmente já pertenceram à minha terra, quando Nozelos, localidade onde os podemos observar, um na torre da Igreja e o outro numa Capela particular, fazia parte integrante da Freguesia de Lebução.

Com as voltas que o mundo dá, não tardará muito que nós possamos chamar-lhes, novamente, "os nossos relógios"...














3 comentários:

Tupamaro disse...

Têm sorte!
...Ainda não foram roubados....para enfeitar um SPA, uma mansão construída junto à praia, ou o museu de uma Quinta (ou a sexta, ou o fim-de-semana!!!)!




Tupamaro

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
belos exemplares da nossa história!
abs

Amândio de Azevedo disse...

Bom trabalho, uma arte a preservar são marcas do tempo.O relógio de sol, o mais antigo objeto usado pelo homem para medir o tempo, funciona observando-se a mudança de posição e comprimento das sombras projetadas pelo Sol nos diferentes períodos do dia.

Localizados no Egito, os primeiros relógios, que datam de aproximadamente 3500 a.C., eram compostos apenas por um pilar, chamado gnomon, e podiam mostrar as duas metades do dia .

Mais tarde, escalas de medidas foram adicionadas em volta da coluna para que os dias pudessem ser divididos em períodos mais curtos.

A primeira evidência de divisão do tempo em partes iguais data de 1500 a.C..