Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dióspiros - fruta da época





A paisagem transfigura-se e os tons quentes (castanhos, vermelhos e alaranjados) vêm ocupar o lugar dos verdes, da estação anterior.

Frutos coloridos enfeitam as árvores e tornam mais alegre a paisagem. Destacamos o dióspiro, oferecido pela mãe natureza, entre o Outono e o Inverno, cheio de vitaminas preventivas das doenças que nos aparecem, principalmente nestes periodos. É um pudim natural vindo do céu sem ovos e sem açúcares refinados.

É originário da China. Podem usar-se diversas partes do dióspiro para fins medicinais: o fruto, as folhas, a casca da árvore e até as flores. Reduz a tensão, acalma a tosse e previne a arteriosclerose, entre outras propriedades. Quando não está maduro, contém uma quantidade abundante de iodo que ajuda a evitar o bócio. Além disto, o dióspiro é tranquilizante, estimula os fluídos corporais e acalma a sede. Fortalece o baço e combate a diarreia, e as hemorróides. As flores são usadas para tratar o sarampo, enquanto que a casca da árvore se usa para tratar queimaduras. O dióspiro é recomendável para pessoas débeis e deprimidas, graças ao seu teor em vitaminas do grupo B.

Então, se puder, coma um pudim destes, na altura certa, mas sempre com moderação. Como se costuma dizer, um dióspiro por dia, nem sabe o bem que lhe fazia.














1 comentário:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
Não sabia da maior parte dos predicados desta fruta. Vou continuar o tratamento!
abs