Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 4 de dezembro de 2011

Chegou Dezembro e esta euforia Natalícia



É verdade. Eu não gosto do Natal. Já o afirmei vezes sem conta. E se não gosto do Natal, também me faz imensa confusão os dias que o antecedem. Este corre, corre, desenfreado, à procura nem se sabe bem de quê, este consumismo que se vê por todo o lado e nos leva a olhar as pessoas nas mãos e não nos olhos. Não gosto da insatisfação das crianças que pedem, pedem, coisas supérfluas e impossíveis, levadas pela incessante publicidade da televisão. Não gosto de ver pais que se individam para comprar presentes, só para satisfazer desejos dos filhos que não sabem que é proibido desejar. Trocaram o Menino Jesus dos meus Natais por este pai natal rechonchudo e vermelhusco, umas vezes limpa-chaminés outras vezes alpinista, e eu não gostei mesmo nada da troca.

Pronto, não gosto deste natal consumista, pagão, que só pensa em prendas e cabazes, tempo de comer e beber e de enviar boas festas e mensagens, cada qual a mais estúpida. Não gosto deste Natal, igual todos os anos, tempo de euforia e pouca solidariedade, uma data politicamente correcta.

Tenho saudades de outros Natais, com a família reunida à volta da mesa grande, sem presentes e sem árvore de Natal, comemorando o nascimento de Jesus, em verdadeiro espírito natalício. Natais de comunhão e partilha, de dádiva, generosidade e alegria, porque estávamos todos juntos e unidos.











1 comentário:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
Sem dúvida que o Natal só é Natal se fôr em família.
Quanto ao resto... É marketing, comércio e também, às vezes, poucas vezes, a época de fazermos e dizermos aquilo que tínhamos obrigação de fazer e dizer todos os dias do ano.
abs