A crise tem ajudado a valorizar alguns hábitos antigos. Cozinhar num pote à lareira é um deles. Nas aldeias transmontanas dá-se cada vez mais uso às antigas panelas à portuguesa. À vantagem da poupança na conta do gás e da luz, junta-se o sabor da comida, que todos dizem que é muito melhor.
Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Potes voltam às lareiras dos transmontanos
A crise tem ajudado a valorizar alguns hábitos antigos. Cozinhar num pote à lareira é um deles. Nas aldeias transmontanas dá-se cada vez mais uso às antigas panelas à portuguesa. À vantagem da poupança na conta do gás e da luz, junta-se o sabor da comida, que todos dizem que é muito melhor.





3 comentários:
Deixa-os voltar, o sabor da comida agradece.
Cpts
Cara Profª Graça,
neste caso, ainda bem que voltámos aos potes!
abs
Quantas vezes eu ariei potes assim na caza da sua tia ilda e da sua avosinha e do seu tio paolino. passava ate a meia noite a fazer ese travalho. parecia um travalho de escrabo. inda bem que os tenpos mudaram.
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