Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ao Meu Pai




Queria fazer-te um poema, Pai!


Um poema de palavras novas e doces, palavras nunca usadas antes, palavras só para ti, atiradas, de mansinho, para o teu coração.

E que fale de campos e flores, de água fresca e céu azul, de mar, de crianças e jardins...

Um poema de canções e de montanhas, de caminhos e de coragem, de estrelas e trabalho e de noites de luar.

Um poema que fale de silêncios, de serões, de força, de noites de lua cheia e de Ceias de Natal.

Mas não consigo soltar as palavras que eu queria só para ti, Pai. Escrevo-as, na memória e guardo-as na minha alma... E o poema fica assim, um poema sem palavras, um poema de palavras que nunca foram ditas.

Para ti, Pai, um beijo grande, imensamente grande, infinitamente grande, do tamanho da minha saudade.














Sem comentários: