Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A “EXTINÇÃO” DE FREGUESIAS - intervenção do Drº António Ribeiro Barbosa na Assembleia Municipal





A “EXTINÇÃO” DE FREGUESIAS

Em primeiro lugar, e antes de abordar o tema das Freguesias, tenho que deixar claro que não concordo com aqueles que defendem a criação de um grande município do Alto Tâmega.
Valpaços teria, seguramente, mais a perder do que a ganhar.
Vamos atentar em três ou quatro problemas que se colocariam logo à partida:
Desde logo, colocar-se-ia a questão da sede do concelho. Não duvido que, devido a questões estratégicas, de localização e por pressão política, teria que se situar na área do actual concelho de Chaves.
Depois tínhamos o problema do Hospital: que teria que funcionar em Chaves, uma vez que até já existe um edifício para o efeito.
O Tribunal do “Alto Tâmega” funcionaria, quase, obrigatoriamente, na área do actual concelho de Chaves.
O mesmo viria a ocorrer, a curto/médio prazo, com a Repartição de Finanças e os demais organismos, entidades e serviços públicos.
Os serviços acabariam todos (ou quase todos) concentrados na zona de Chaves.
Temos que recordar, ainda, que ao longo dos últimos anos, os responsáveis políticos de Chaves pouco (ou nada) ligaram a Valpaços e aos Valpacenses. Preocuparam-se, mais, com as auto-estradas, com as ligações ao litoral e à vizinha Espanha e descuraram as acessibilidades a Valpaços…
A criação de um Município com estas características, é uma hipótese que exige muita ponderação e cuidados.
No plano, meramente, teórico, e numa primeira análise, estou CONTRA a criação de um Município do Alto Tâmega que viesse a “engolir” o nosso Concelho.
Quanto à extinção de freguesias, queria deixar alguns considerandos.
A reorganização administrativa e territorial, nos moldes em que está a ser discutida, não passa de uma mini - reorganização, inconsequente e destituída de sentido.
Compreendo, naturalmente, as preocupações e os anseios das Freguesias visadas.
No entanto, não se vislumbra qualquer benefício, real e efectivo, para as populações ou qualquer poupança (efectiva, visível e que justifique a medida) para o Governo.
Assim, pergunto:
  1. que benefícios é que esta reorganização acarreta para as populações, em geral ?
  2. que benefícios é que esta reorganização traz para Valpaços e para o interior transmontano ?
  3. Quanto poupa o Estado com a reorganização administrativa e territorial ?
Entendo, naturalmente, que, na ausência de uma resposta satisfatória, era preferível deixar tudo como estava ou, se estivessem reunidas as condições, pensar-se de forma séria e equilibrada numa verdadeira e abrangente reorganização administrativa e territorial.











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