Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 7 de outubro de 2012

Hoje é dia de compota




Um Verão atípico, com ondas de calor desabrido, alternando com abruptas descidas de temperatura, não provocou grandes estragos nas hortas e quintais da minha terra. Por isso, a produção de tomate, excedeu as nossas expectativas e as nossas necessidades de consumo. Reforçando os laços de boa vizinhança, talvez, ou, por excessiva colheita, também, fui acumulando em casa baldes, cestas e bacias do colorido e saboroso fruto, muito utilizado em saladas, além do que colhi no meu quintal. Procurei transformá-lo ou conservá-lo, à medida das necessidades – congelado, transformado em polpa e em deliciosa compota, seguindo os passos habituais, em minha casa, ao longo dos tempos. 
Nunca pensei que essa tarefa, um dia, estaria nas minhas mãos!





















Sem comentários: