Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Feira dos Santos em Lebução





Sem o fulgor de outros tempos, a crise instalou-se em todo o lado, realizou-se, no pretérito dia 03 de Novembro, a tradicional Feira dos Santos em Lebução.
O Largo da Feira foi pequeno para acolher tantos forasteiros que se deslocaram a Lebução para comprar/vender os mais variados produtos, para rever amigos e por a conversa em dia, ou, simplesmente, para passear.
Noutros tempos era o Manolo e familiares que acendiam a fogueira, onde havia de se cozer, em grande panela de cobre, o polvo que seria vendido às doses, em peculiares pratos de madeira, quase rasos. Feirante que se prezava não saía do recinto sem ter saboreado "una raçon de pulpo" acompanhado de um bom "pingato". 
No que concerne à comercialização do polvo, em doses, numa tasquinha improvisada para o efeito, a tradição ainda é o que era. Foram muito os que saborearam o petisco, acompanhado pelo excelente vinho da região.
Depois, e recordando outros tempos, ainda se ouvia, pelos vários pontos da Feira: 
Compra-me os Santos! Ou, ainda não me compraste os Santos...
























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