Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Ano novo vida velha




Ao longo dos tempos, a chegada de um novo ano, é festejada da mesma maneira - de copo na mão, pronunciando as mais absurdas palavras, gastas pelo tempo e pelo uso.
Envolvida no meu silêncio, fico atenta ao comportamento de tanta gente, ruidosa, demasiado ruidosa para o meu gosto, que salta feliz e contente, deslumbrada pelas cores e luzes que se desfazem no ar, formulando votos, também eles gastos, de “saúde, dinheiro e amor”.
Eu não poderei dizer, ano novo vida nova, porque no actual contexto social e político, com os atropelos aos nossos direitos, a que assistimos todos os dias, será melhor dizer ano novo vida velha. Estamos, infelizmente, a regressar aos tempos de pobreza e de  cada vez sobrar mais mês no fim do dinheiro. São os senhores deste mundo, influentes e iluminados, que vão conduzindo, para o abismo, a vida de milhões. Estes, que ditam as leis, que as esquecem quando lhes convém, que as omitem e enrolam, são os senhores do universo todo, que nos vão deixando sem futuro. Sem futuro, sem casa, sem emprego, sem reforma, sem ... sem... sem....

Somos um povo pacífico, mas, quando falta o pão na mesa, não há nada que nos detenha. Em 2013, poderão ser colocados no sítio, pois, como já alguém disse, a "revolta dos escravos" anda por aí.
 Entretanto, neste primeiro dia de 2013, tenhamos presente um verso de António Gedeão, da celebérrima Pedra Filosofal, que poderá fazer a diferença entre o acomodar e o reagir: 
 O Sonho comanda a vida!













1 comentário:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
Bom Ano!
Sonhemos!
Abraço