Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ervas que curam - a malva





Desde o século VIII a.C. que as malvas são conhecidas e utilizadas tanto na culinária como para fins terapêuticos. Eram já conhecidas dos gregos e romanos, que muito as apreciavam, sobretudo os romanos, para curar as ressacas, depois das orgias. Alguns médicos gregos recomendavam-nas para aliviar e curar picadas de insectos.
Carlos Magno utilizava a malva como planta ornamental dos jardins imperiais. Para os pitagóricos era considerada planta sagrada, pois libertava o espírito da escravatura das paixões. Plínio (grande historiador e investigador romano, que morreu queimado na explosão do Vesúvio) recomendava uma poção à base de suco de malva, o que evitaria indisposições durante todo o dia. Na Idade Média, tanto a alteia como a malva eram plantadas nos jardins dos mosteiros e utilizada pelos monges para fins terapêuticos.

Desde a antiguidade muito utilizada para tratar problemas do foro digestivo, em caso de inflamação e irritação, em úlceras gástricas e do duodeno, gastrite, colite, catarros, faringite, laringite, bronquites, tosse, com forte acção expectorante e emoliente.
É ainda útil no tratamento de infecções urinárias e ginecológicas em forma de lavagens.
Em cataplasmas pode utilizar-se para extrair furúnculos, abcessos, estilhaços ou outras impurezas e inflamações da pele .
As folhas das malvas podem ser utilizadas e cozinhadas como o espinafre, as acelgas ou as couves, em sopas e saladas, muito nutritivas para mulheres em fase de amamentação pois estimulam a produção do leite, alimentam e podem ainda ser usadas em compressas para tratar mamilos gretados.

O chá de folhas de malvas é agradável e refrescante, tal como o chá das suas flores, que poderá preparar na época da floração, ou seja, Primavera e Verão, e constítuem um agradável refresco.
 As flores, comestíveis, podem ainda ser utilizadas na decoração de vários pratos. As raízes, cozidas e depois fritas com alho ou cebola, são um bom acompanhamento de arroz, carne ou peixe.
 As sementes possuem um delicado sabor a nozes.





















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