Vamos cantar
Lebução é a nossa terra amada
Risonha fada enamorada
Em trono d’ouro a descansar
É pequenina
Mas lá isso não tem nada
Tem a grandeza e o valor
Do grande amor do nosso lar
P’las suas ruas
Pobrezinhas mas contentes
Passeiam bandos de crianças
Lá vizinhas inocentes
Cantando
Com graça infinda
A terra linda
Tão linda!
Tão linda!
Lebução, Lebução
O meu torrão natal
Não há rival
Igual a ti
Lebução és o meu tesouro
O berço d’ouro
Onde eu nasci
Lebução és o meu tesouro
O berço d’ouro
Onde eu nasci.
Miguel Moura (lebuçanense)
Nota: Esta preciosidade, em forma de poema, dedicado à nossa terra, que eu desconhecia, de todo, é da autoria do meu colega de Escola Primária e grande amigo, Miguel Moura, e foi-me cedido, gentilmente, pela nossa conterrânea, Remédios Lavrador, esposa do Duarte Lavrador.
Esta postagem é, por isso, uma singela, mas sentida, homenagem ao Miguel Moura, ao nosso grande amigo Miguel Moura, que partiu tão cedo e deixou muitas saudades.
À Remédios Lavrador o meu bem hajas pela lembrança, pela disponibilidade e, de certo modo, por continuares ligada à tua terra, à terra que te viu nascer e onde passaste alguns anos da tua vida.
Como dizia o poeta " a nossa terra é um pouco como as nossas mães; só há uma, aquela."
A tua, Remédios, é, e será sempre, Lebução.
E, tanto quanto sei, tens grande orgulho nisso.
2 comentários:
Pois é bem verdade que sinto um grande orgulho em ser de Lebução e tenho muita pena quando vejo a nossa aldeia a ser espoliada de tantas infraestruturas que legitimamente angariou. Mas enfim, "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem". Quanto à Marcha de Lebução, que a mãe do Miguel Moura me ensinou quando estudava em Chaves, teria muito prazer em cantarolá-la para alguém que soubesse música e conseguisse algo de bom e de bonito para a nossa terra. Se alguém tiver alguma ideia, cá estarei para apoiar. Um abraço a todos. Remédios Lavrador
Concordo com o que disseste, Remédios. A nossa terra, que outrora foi grande, hoje é uma imagem, esbatida e desfocada desses tempos. Sabes que as pessoas da nossa terra, maioritariamente idosas, já não têm aquela garra, aquela força, aquela determinação de outros tempos.
Por outro lado, as aldeias, nomeadamente as aldeias do nordeste transmontano, são olhadas, por quem detém o poder, como reserva natural das tradições deste país e pouco mais. Assim, não vamos longe.
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