As tradições dos ovos e coelhos da Páscoa, bem enquadradas no espírito consumista dos nossos dias, nada têm a ver com as raízes nacionais. São importadas de outras culturas, com reminiscências pagãs, associadas ao culto da fertilidade, sem origens definidas, que tanto podem vir da Europa Oriental como da China.
Note-se, contudo, que a relação do “folar” com a tradição pascal vai para além desta especialidade gastronómica. O folar é também a prenda, geralmente em dinheiro, que os padrinhos dão aos afilhados, após receberem o ramo benzido no “Domingo de Ramos”. Mas é também a colheita remuneratória dos párocos, feita nesta altura do ano, junto das famílias, e traduzida numa expressão ainda hoje conhecida: “tirar o folar”.
( Texto de Alexandre Parafita)
1 comentário:
Numa pequena franja transmontana, era uso e costume, no Domingo de Páscoa, os Padrinhos darem aos afilhados, chamando-lhe «folar», uma “ROSCA” (Regueifa).
Se a madrinha fosse abastada, a «ROSCA» podia ser tão grande, tão grande, que deslizava, desde a cabeça do afilhado até aos pés, com mais franqueza do que, por exemplo, uma «aliança de comprometida» pelo dedo da «mais-que-tudo«»!
Luís Fernandes
Enviar um comentário