Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 20 de julho de 2014

Por ti, Pai, para ti, Pai






Faz hoje anos que partiste. Quantos? Muitos. Muitos anos, muitos meses, muitos dias, muitas horas, minutos e segundos, que eu já deixei de contar. A tua ausência e a saudade infinita que sinto, esta ferida aberta que jamais vai cicatrizar, deram outro sentido à minha vida.
Fazes-me falta, Pai, fazes-me tanta falta!
Sinto falta das coisas mais simples e banais, coisas que pouca importância pareciam ter, mas eram nossas, eram únicas e, poderiam, também, chamar-se sonhos. E existe um marco, um ponto de referência, um antes e um depois. O tempo dividido com a tua partida, onde a palavra saudade está presente, e, daí, a cadência dos dias.
Eras tu, Pai, e os nossos passeios matinais ao Vale de Couce, as conversas, os ensinamentos, os desabafos, as piadas, as gargalhadas. És tu, Pai, sempre tu, nas memórias mais doces, mais quentes, mais puras e o desejo de deixar caminhos de perfumes e cores, para nós, para os que hão-de vir.
São tantos anos, Pai, neste abismo de temporais, onde as recordações dos dias são embaladas num pano de guardar saudades e sorrisos. 
Por ti, Pai, para ti, Pai.























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