Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Uma horta no Pontão de Nozelos






O cultivo ecológico de alimentos está a espalhar-se como… um pé de hortelã! Afinal, ter uma horta representa a possibilidade de um contacto permanente com a natureza, de relaxar, de se divertir e, sobretudo, comer alimentos mais frescos e saudáveis . 

Não sei se podemos chamar horta ao terreno que o Fernando cultiva lá para os lados do Pontão de Nozelos, não só pela quantidade e variedade das culturas mas também pela extensão do mesmo.
Lá podemos encontrar milho, feijão de várias qualidades, beterraba, abóboras, batatas, couves, tomate, pimentos, melões e mais.
É aí que o Fernando passa os dias, debruçado sobre a terra, numa entrega total. Pouco a pouco vai colhendo o fruto da sua dedicação, do seu trabalho. As batatas já estão no ponto e hoje já arrancou duas sacas. As alfaces, tenrinhas e saborosas, são comidas em salada e em sopas, todos os dias. O feijão verde, de várias qualidades, é aos montes, assim como a couve galega, para o saboroso caldo verde. 

Eu continuo a dizer:

Quem tem uma horta tem tudo!

Mas também há quem diga - uma horta para ser feliz!

























1 comentário:

Anónimo disse...

“Baiges, é que é!”


Qual «feijão verde», "cais caraijo"!
"Baiges", é que é!
E eu que sei duma pessoa que gosta tanto delas!
E o (meu «primo») Fernando não vai ter «CHÍCHARROS»?!
É que m'anda há tanto tempo a apetecer um caldinho deles ...mas feito num pote, dos "berdadeiros", 'ò lume (ó laparotos da cidade,«´'ò lume» quer dizer na lareira, e com lenha da boa)!
Bem, como "O Fernando" É (passa a ser) meu «primo», 'stou a contar com umas lembranças (mesmo só para matar o ougaço!) dessas coisas da horta ---- hortaliças (pode calhar que, de caminho, me cheguem uns frasqºs de ... é que ando cá com uma fraqueza!)!
(Ai Lebução, Lebução que 'inda dás cabo de mim!).


M., 16 de Julho de 2014
Romeiro de Alcácer