Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Uma Horta Para Ser Feliz




Há 12 anos, Marc Estévez Casabosch nunca tinha posto uma mão na terra, nem sequer comia vegetais. Foi então que fugiu de Barcelona rumo aos Pirenéus para descobrir de onde vêm os alimentos.
Aprendeu, a partir do zero, praticando muito e lendo os clássicos. Ainda antes de arranjar a casa, tratou da horta já não tinha desculpa para não o fazer. Hoje, aos 32 anos, é um defensor da agricultura natural e mantém um viçoso talhão de 160 metros quadrados, que ilustra todo o livro. A sua família (mulher e dois filhos) atingiu a auto-suficiência no que toca a verduras e frutos. Como praticamente são vegetarianos, precisam de pouco mais, além dos ovos das suas galinhas, para viver.
"A primeira coisa que faço de manhã quando acordo, bem cedo, é ir à horta. Só depois volto a casa para comer. Custa-me imaginar a minha vida sem cultivar." É por isso que se sente mais feliz do que quando vivia na cidade. Pareceu-lhe inevitável tornar-se num divulgador. "Só despertei para isto tarde. Por que não podem outros começar mais cedo?" Marc sabe que há muita gente jovem que cresce nas metrópoles, mas que a dada altura se questiona se é ali que está a felicidade.
E num momento de mudança como o atual, este tipo de dúvidas surgem com mais frequência. "Acho difícil ser-se feliz sem se saber de onde vem o que comemos. Ter uma horta é um excelente antídoto para o stress, só de se tocar na terra já se fica relaxado."

E eu, que não entendo muito da poda, mas que todos os dias desço ao quintal para meter a mão na massa, digo: 
Mãos à Horta



























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