Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Criar a sua própria horta é, sem dúvida, uma forma de contribuição para o desenvolvimento sustentável



Os últimos números internacionais não deixam margem para dúvidas. O consumo mundial dos seres humanos, excede em 20% a capacidade de renovação dos recursos naturais do planeta.

Estamos, portanto, a contrair uma dívida ecológica, que não poderemos controlar, a menos que se implementem medidas que restaurem o equilíbrio entre nosso consumo de recursos naturais e a capacidade da terra para renová-los.

A desertificação rural que se viveu com a migração da população jovem para os meios urbanos, em busca de melhores oportunidades, trouxe muitas desvantagens ao nível de abandono da actividade agrícola, do envelhecimento da população nos meios rurais, da perda de biodiversidade, ao aumento dos incêndios florestais. O que fazer perante esta discrepância entre cidades e campo?

Criar a sua própria horta é, sem dúvida, uma forma de contribuição para o desenvolvimento sustentável a vários níveis, tais como o seu regular acesso directo a produtos frescos mais saudáveis, menos dependente de energias fósseis, assim como ser uma grande vantagem ao nível de qualidade de vida, pois ao cultivar ao ar livre, está também a fazer exercício físico e contribuir para a sua terapia mental, melhorando o seu bem-estar físico e mental.

Um dos maiores benefícios indirectos é sem dúvida a sua acção para a manutenção da paisagem que é um bem público e para a manutenção e valorização da biodiversidade dos ecossistemas agrícolas. Nesta época de crise, acentuam-se estas iniciativas pois para além das vantagens anteriores, há também a da poupança na aquisição dos produtos horto frutícolas e eventualmente a criação de alguma receita com a venda de excedentes.

Fonte: Natália Costa (Eng. Agrária)


























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