Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Vale mais ter um castanheiro do que um saco de dinheiro




Quando os dias vão ficando cada vez mais pequenos,  quando o sol, envergonhado, não consegue atravessar as nuvens e o tempo fica mais fresco, é sinal que o Outono se instalou. Com o Outono chegam as castanhas, as raínhas da estação. Esse fruto, que actualmente é quase um pitéu, teve, noutros tempos, uma enorme importância na dieta dos portugueses. No século XVII, era um dos produtos básicos da alimentação dos transmontanos, chegando, se necessário, a substituir o pão ou as batatas.
A castanha é usada na alimentação desde tempos pré-históricos e a respectiva árvore, o castanheiro, foi introduzida na Europa há cerca de três mil anos.
 A castanha foi um dos frutos que conseguiu sobreviver à crise dos produtos agrícolas e, é graças a ela que os lavradores da minha região vão sobrevivendo.
Hoje, como antigamente, o povo continua a afirmar:
Vale mais ter um castanheiro do que um saco de dinheiro. 


























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