Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 22 de novembro de 2014

As folhas soltas ao vento






Nas pisadas amortecidas
Pelas folhas soltas ao vento,
No chiado barulhento
Das secas folhas relembro.
Em cada passo que eu dava,
Em cada pisada sentia,
Como almofadas protegiam.
Meus pequenos pés agradeciam.

Em meio ao cheiro silvestre do verde,
No chão os pés prensavam
As secas folhas que caiam.
E nas copas, os galhos rangiam,
Confundindo ou completando 
O chiado acontecia.

A natureza agradecia
O som dessa canção natural:
O ranger dos galhos.
Difícil de esquecer,
Nem se eu quisesse poderia.

No chão,
As folhas caídas.
Nos galhos,
A exuberância era tanta.
As secas folhas ao chão
Chiavam com a pressão.

Lembrança que vou levar
Comigo, para sempre, será,
Entre todas, 
A melhor que vou guardar.



(Autor não identificado)





























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