Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Fruta de Inverno - os dióspiros



O dióspiro é originário da China, onde é cultivado desde 1.000AC. É um fruto ceroso de um laranja escuro, cuja forma faz lembrar o tomate. Existe uma enorme confusão relativamente às variedades de dióspiro existentes. O público em geral divide-os em dois grupos: os "moles” e os "de roer”. Isso tem uma razão: é que existem respectivamente dióspiros "adstringentes” (variedade Hachiya) e "não adstringentes” (Sharon Fruit ou Dióspiro Fuyu). O Sharon Fruit, ou Caqui Fuyu, também é redondo, mas achatado. Foi uma criação israelita que deve o seu nome ao planalto de Sharon, em Israel. Esta criação é um melhoramento das variedades adstringentes. Ou seja, foi o primeiro dióspiro adstringente, não adstringente! Confuso? Não! Pode então ser comido ao natural, mesmo antes de amadurecer, como quem morde uma maçã. E não tem sementes!

A forma mais comum de comer dióspiro é ao natural. A casca do dióspiro não se costuma comer e é facilmente removida com uma faca. Pode ser preparado de várias formas, cru ou cozinhado. Pode substituir ou acompanhar maçã e pêra. O dióspiro é doce e portanto muito utilizado em saladas, com iogurte, em sumos, gelados, molhos e, recheios de bolos e biscoitos.

O dióspiro está maduro quando está mole e vermelho-escuro. Se o fruto estiver duro, pode amadurecer à temperatura ambiente. Também pode congelar os dióspiros maduros, sem se preocupar com perdas de sabor.
Noutras línguas, o dióspiro é também chamado "caqui”, "kaki”, "persimon”, "sharon” e "sharoni”. 
Na Grécia Antiga, o dióspiro era conhecido como "o fruto dos deuses”.
Persimmon não é uma variedade de dióspiro. Aliás, nos países de língua inglesa, essa palavra define todas as variedades de dióspiro.


























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