Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Merujes ou merujas no prato




Apreciada nas regiões do centro da Península Ibérica, incluindo Portugal, nasce livremente em nascentes ou ribeiras onde há água corrente. Parecida com os agriões, é no entanto desconhecida de muitos portugueses. Eis a meruje, ou Montia fontana, o seu nome científico. Dois investigadores da Universidade de Coimbra estão agora decididos não só a pôr esta planta silvestre nos pratos de muitos portugueses, como a torná-la um produtogourmet.

Merujes no prato, o projecto liderado por David Reis e Rui Pereira, mestres em biodiversidade e biotecnologia vegetal, tem como objectivo 
determinar as condições para multiplicação eficaz desta espécie com vista à sua comercialização durante todo o ano, referiu a Universidade de Coimbra esta segunda-feira em comunicado.

A meruje, acrescenta o comunicado, é uma planta de ciclo curto – dois a três meses –, sendo colhida apenas entre Janeiro e Março, “sem qualquer tipo de certificação ou controlo fitossanitário”. Mais tenra e saborosa do que o agrião, a ideia é incluí-la na gastronomia gourmet internacional, refere ainda o comunicado.

Os investigadores já clonaram a planta e fizeram vários ensaios de cultura in vitro, o que permitiu estudá-la melhor e seleccionar as plantas mais interessantes para cultivo. Os próximos passos passam por perceber quais são as exigências da planta durante o cultivo, testar as plantas já seleccionadas e analisar a produtividade da cultura. No valor global de 16 mil euros, o projecto é financiado, em partes iguais, pela Fundação Vox Populi, em Lisboa, e pela Câmara Municipal de Almeida, no distrito da Guarda, no âmbito da quinta edição do Prémio Ribacôa.

Fonte de ómega-3 e de antioxidantes e mais ricas em fibras e vitamina C do que as alfaces, as merujes são usadas há muito tempo na alimentação pelas populações rurais. Por exemplo, na zona da Guarda é habitual colher e comer merujes. Os dois investigadores dizem que importa agora transformá-las num recurso agrícola viável e numa alternativa saudável e complementar aos vegetais mais vulgarmente usados em saladas.
Fonte: Internet
































2 comentários:

Anónimo disse...

Apreciada nas regiões do centro da Península Ibérica, incluindo Portugal, nasce livremente em nascentes ou ribeiras onde há água corrente. Parecida com os agriões, é no entanto desconhecida de muitos portugueses.
Na minha terra que é lebução sempre comi essa delicia de salada.

Anónimo disse...

Já me esquecia de dizer que gosto muito do seu blogue. Muitos parabéns.