Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 29 de março de 2015

Domingo de Ramos _ entrada de Jesus Cristo em Jerusalém




"A grande multidão que tinha vindo à festa da Páscoa, ao ouvir dizer que Jesus ia chegar a Jerusalém, tomou ramos de oliveira e saiu ao Seu encontro, clamando: “Hossana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!”
Jesus encontrou um jumentinho e montou em cima dele, conforme está escrito: “Não temas, filha de Sião. Aí vem o teu Rei, sentado sobre o filho de uma jumenta.” Os discípulos não o compreenderam a princípio; mas quando Jesus foi glorificado, lembraram-se do que estava escrito acerca d’Ele o que lhe tinham feito."

Hoje, dia 29 de Março, é o Domingo de Ramos, data que antecede o Domingo de Páscoa e que segundo a tradição religiosa celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo, dando-se início à Semana Santa. Tradicionalmente leva-se à Missa um ramo, que será benzido e pendurado nas nossas casas, em substituição do outro, do ano anteriorÉ a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa. Neste dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração.
A Igreja recorda, neste dia, que o mesmo Cristo que foi aclamado como Rei pela multidão no Domingo, é crucificado a pedido da mesma multidão na Sexta Feira.

Assim, o Domingo de Ramos é um resumo dos acontecimentos da Semana Santa, e também a sua solene abertura. Tradicionalmente leva-se à Missa um ramo, que será benzido e pendurado nas nossas casas, em substituição do outro, do ano anterior.

No Domingo de Ramos, manda a tradição que os afilhados ofereçam um ramo de oliveira, benzida, às madrinhas. Nos tempos que correm, recorre-se às floristas, numa fúria consumista que aniquila as tradições e ignora os sentimentos.
 O ramo do Domingo de Ramos, tem características específicas. Compõe-se de oliveira, alecrim, trigo e demais flores, campestres ou não, mas próprias da época. A oliveira simboliza a Paz e o azeite; o alecrim saúde e força; o trigo simboliza o pão e as flores a alegria.

Antigamente havia também o hábito de queimar um pouco do alecrim deste ramo, quando
ocorriam trovoadas, como forma de protecção.

Eu cumpri a tradição levando o ramo de oliveira, alecrim e salva à minha Madrinha que, presumo, me deitou a Sua bênção, tal como fazia a minha mãe, quando chegava a Faiões e se via rodeada dos afilhados, que, respeitosamente lhe pediam os abençoasse, beijando-lhe a mão.

- Madrinha, deite-me a sua bênção!
Deus vos abençoe meus filhos - respondia a minha mãe.





































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