Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A irreverência da minha roseira amarela




Irreverente, a minha roseira amarela, abre caminho pelo quintal, como se fosse a "dona do pedaço".
 Já trepou ao azevinho, onde, vaidosa, ostenta os seus cachos amarelos, entrelaçou os ramos no limoeiro, onde limões e flores amarelas formam um todo, e, por fim, subiu à figueira, carregadinha de frutos, em crescimento. Aqui, na figueira, a roseira, convive, harmoniosamente, com os frutos _ rosas amarelas e figos pretos, uma combinação perfeita.
Veio de Faiões, a minha roseira amarela, um palmo de ramo, que plantei junto da cozinha do quintal. e cedo verifiquei que ela, a roseira, não se deixava domesticar. Junto, implantei uma estaca, para lhe servir de suporte. Mas a roseira rastejou pelo chão, uns bons palmos de terra, até alcançar um suporte de granito por onde trepou com toda a determinação. E não houve nada que a detivesse. O caminho fazia-o ela, contra amarras _ estacas ou outras maneiras de orientação.
Hoje, a minha roseira, que cresceu livre, trepa por árvores e arbustos, domina o quintal sem que nada a detenha.
 Liberdade também é isso _ cada um escolher o seu caminho, contra ventos e marés.
 E contra amarras.





































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